Já parou pra pensar o que aconteceria se, de repente, acabasse o “copia e cola” no jornalismo digital?
Muitos sites de notícia principalmente os pequenos e regionais simplesmente desapareceriam do mapa. Isso porque boa parte do conteúdo que circula hoje é reprodução de releases, publicações oficiais e postagens das redes sociais.
É comum ver portais de notícias municipais, blogs e até páginas de opinião que vivem basicamente de republicar conteúdos de prefeituras, câmaras, governos e empresas públicas. Sem esses materiais prontos, faltaria pauta, texto e até credibilidade.
Segundo levantamento do Observatório da Imprensa (2024), cerca de 62% das notícias regionais publicadas no Brasil são baseadas em fontes institucionais ou posts oficiais.
Sem esse conteúdo disponível, a maior parte das redações não teria estrutura para produzir reportagem própria, porque investigar custa caro tempo, deslocamento e pessoal.
O problema é que esse “atalho” virou vício: o jornalismo perdeu o faro e ganhou o Ctrl+C + Ctrl+V.
E isso afeta diretamente o cidadão, que passa a ler o mesmo texto com títulos diferentes em dezenas de sites, sem apuração, sem contexto e, muitas vezes, sem questionar quem deveria ser cobrado.
📢 O que diz o povo
A favor (defendem o uso do “copia e cola” como ferramenta):
“Melhor copiar do que espalhar fake news.”
Assessor de imprensa.
“Os pequenos sites não têm verba pra repórter, é o jeito.”
Jornalista freelancer.
“Se a fonte é oficial, o conteúdo é confiável.”
Servidor público.
“O público quer rapidez, não texto de 5 páginas.”
Estudante de comunicação.
Contra (criticam a falta de produção própria):
“Notícia boa é a que investiga, não a que copia.”
Comerciante.
“Virou preguiça travestida de jornalismo.”
Professora.
“Quem copia demais acaba virando porta-voz de político.”
Motorista de aplicativo.
“Sem apuração, o povo fica mal informado.”
Aposentada.
O jornalismo não morre por falta de tecnologia morre por falta de coragem.
E se um dia o “copia e cola” acabar, só vai ficar de pé quem ainda souber ouvir, investigar e contar histórias reais.
***FIM***
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