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Expansão do crime organizado e das igrejas evangélicas gerou intersecção entre esses dois universos.
A religião, mais especificamente a evangélica, sempre foi vista como uma porta de saída do crime organizado.
Porém, nos últimos anos, o que se vê é uma mudança de mentalidade.
Com o surgimento dos chamados “traficrentes”, especialmente no Rio de Janeiro, há uma espécie de intersecção entre esses dois universos.
É sobre esse tema que os pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência da USP Camila Nunes Dias e Bruno Paes Manso conversam no USP Analisa desta quinta (31).
Bruno abordou o assunto no livro “A Fé e o Fuzil”, quando se deparou com a realidade do Complexo de Israel, complexo de favelas cariocas comandadas por um traficante que, segundo o autor, utiliza um discurso religioso para justificar seu poder e legitimar sua autoridade.
“A religião deixa de ser vista como algo para transformações pessoais e individuais e ganha um contexto de transformação política. E o discurso religioso passa a ser usado para produzir obediência, para construir autoridade.
Eu achei que era muito simbólico e significativo do próprio bolsonarismo, da própria chegada da religião na política dentro desse contexto de presidentes ungidos por Deus e que usam a religião como uma forma de legitimar sua própria autoridade”, explica.
Para Camila, a religião ainda é uma porta de saída do tráfico e até mesmo um espaço seguro de sociabilidade para jovens da periferia.
Porém, segundo ela, com o crescimento das igrejas evangélicas e também da influência do crime organizado nas prisões e periferias, esses dois universos acabaram se mesclando em muitos pontos.
“E obviamente para o crime, a igreja é um negócio interessante para lavagem de dinheiro, para esconder a sua própria identidade, para fugir da vigilância policial. Então, ela acabou também, em muitos casos, sendo instrumentalizada.
E também é muito interessante que muitas vezes não há essa oposição moral, como a gente imagina. Eu cansei de entrevistar presos do PCC ou assaltantes de bancos que eram religiosos e diziam: ‘eu rezo quando eu vou assaltar um banco para Deus me proteger’”, diz.
O USP Analisa é quinzenal e leva ao ar pela Rádio USP às quintas-feiras, às 16h40, um pequeno trecho do podcast de mesmo nome, que pode ser acessado na íntegra nas principais plataformas de podcast.
O programa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o USP Analisa e outras atividades do IEA-RP.
Fonte: https://rp.iea.usp.br/
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